sexta-feira, 29 de julho de 2011

Entrevista com Janne Wirman

Janne Wirman da Finlândia começou a tocar piano aos cinco anos de idade. Depois de se formar no Helsinki Pop & Jazz conservatory, foi convidado a participar do CHILDREN OF BODOM no teclado. CHILDREN OF BODOM recentemente lançou seu sétimo álbum de estúdio, Relentless Reckless Forever (Spinefarm Records, 2011) e estão em turnê divulgando o álbum. Eles estão atualmente na parte norte-americana de "The Ugly World Tour 2011". Metal-Rules entrevistou Wirman depois da apresentação em Calgary, Alta, no MacEwan Hall em 30 de junho de 2011.

Como foi o show essa noite?
Foi bom. Ouvi dizer que tiveram alguns problemas técnicos na parte do crew. Alguns PA's estavam falhando, não estavam funcionando bem, e as luzes estavam estranhas. Na última vez que tocamos aqui, tocamos em outro palco.

Vocês tocaram no palco de baixo na última vez que estiveram no MacEwan Hall.
Sim, no palco maior. Eu achei que era um espaço bom, mas quando cheguei aqui fiquei sabendo de todos os problemas técnicos e pensei: "m*rda". Mas sabe, no fim ficou tudo bem.

Vocês tiveram uma boa resposta do público.
Sim, tivemos.

Children Of Bodom tem voltado ao oeste do Canadá aproximadamente uma vez por ano nos últimos anos. O que você acha de tocar aqui?
Eu adoro. Nós realmente gostamos do Canadá. E falando de estatísticas, o Canadá se tornou nosso segundo maior mercado depois da Finlândia. Costumava ser o Jpão, mas agora é o Canadá.

E fãs japoneses são conhecidos por serem bem fanáticos quando gostam de uma banda.
É, isso por si só já quer dizer algo.

Como são as reações dos fãs da América do Norte ao ouvir o novo material ao vivo?
Por enquanto boas. Nós fizemos quatro shows... não, cinco shows antes desse. A turnê ainda está fresca, mas até agora está boa.

Qual música do novo álbum é a sua favorita para tocar ao vivo?
Eu tenho respondido que é a primeira faixa do álbum ("Not My Funeral"). É estranho porque é a mais longa, mas de certa forma funciona como abertura para o álbum e funciona como abertura para o show. Quando estávamos montando a ordem das músicas eu dizia "como vocês podem colocar a mais longa primeiro? Não vai dar certo", mas de alguma maneira dá certo.

Qual música tem sua parte favorita no teclado?
Tenho recebido muitos elogios pelo solo de teclado em "Shovel Knockout". Estou bem orgulhoso dele. 

O que você faz para aquecer antes de um show?
Não faço nada. Visto as roupas que vou usar no palco ou qualquer coisa e é isso.

Vocês tiveram muito estímulo da outra banda incluída nessa turnê?
Pra ser completamente honesto, não. Mas nós meio que nunca temos. Às vezes nos dão uma lista. Agora é a época dos festivais de verão, então fazer turnê aqui, agora, não tem sentido nenhum, mas nós queríamos fazer turnê com o lançamento do álbum, então ainda não passou muito tempo depois do lançamento.

Eu sei que vocês fizeram turnê pela Europa primeiro, para divulgar o álbum.
Sim, dessa vez.

Você está gostando de fazer turnê com os canadenses do Devin Townsend Project?
Sim, completamente. Eu assisti o show deles em Vancouver, que eles quase perderam. Eu vouvi falar que eles ficaram presos na fronteira e depois ônibus estragou. Se eles perdessem o show na cidade natl deles, seria muito chato. Eu assisti o show, tenho recebido muitas perguntas em entrevistas do tipo "não é uma combinação estranha?" mas eu não sei, é legal.


Bem, as bandas nessa tour parecem ser compostas por ótimos músicos em geral, então todos têm isso em comum.
É, eu não acho que seja estranho. Eu acho que funciona bem.

Você listou Jens Johnnsson do Stratovarious como sua influência primária. Algum tecladista novo chamou sua atenção?
Infelizmente não. I confiro bandas novas às vezes, mas ao mesmo tempo sou preguiçoso e posso ter perdido centenas de bandas que possam ter teclados. Mas pra ser honesto eu não ouvi ninguem que eu daria algum crédito.

A medida que seu estilo musical evolui, é difícil às vezes achar uma nova fórmula?
Não porque nós realmente não pensamos nisso. Nós só fazemos o que parece natural no momento. Não estou dizendo que cometemos muitos erros. Não é que ouvimos nossos álbuns e dizemos “Que porra a gente tava pensando?”, nada tão drástico, mas seria uma bosta sentar e analisar as músicas. Nós só fazemos o que parece natural e eu vou defender cada álbum e tudo que fizemos à medida que os tempos mudaram.

Você parece ter uma ótima relação com os fãs, e você sai para conhecer os fãs. Você tem alguma história interessante ou maluca de algum encontro com um fã que você poderia compartilhar?
Haveriam tantas... Sempre que alguém toca no assunto eu não consigo pensar em nenhuma. Tem muita coisa estranha que acontece. Eu realmente não gosto da situação quando um fã pede pra você assinar o braço dele ou alguma coisa e depois falam que vão tatuar aquilo. Uma vez eu estava muito bêbado na Alemanha e estava tipo “Fuck, não, você não vai tatuar isso” e só fiz um “x” em cima da assinatura e ele tatuou de qualquer jeito. Isso não é bom.

Ele te mandou uma foto?
Não, eu só vi ele na turnê européia dois meses atrás. Fiquei tipo “Fuck, por que você fez isso?”

A banda tem uma reputação de “farrear” bastante. Vocês se limitam em quanto se divertir antes de um show?
Completamente. Nós não bebemos antes de um show. Talvez um máximo de duas cervejas antes do show. Quer dizer, eu bebo muito durante o show como você pode ter notado, mas nós não bebemos antes do show.

Eu notei que às vezes você faz uns intervalos entre as partes com teclados. No que você pensa?
É divertido, sabe, às vezes eu penso em trocar os freios do meu carro de corrida, mas sim, eu faço uns intervalos. Normalmente eu desço pra encontrar os caras do crew, meus técnicos, dizer oi, tomar um drink e depois vagar de volta pro palco.

Está acontecendo alguma coisa relacionada às suas corridas agora que você está em turnê?
Não! Porque estamos em turnê o tempo todo. Eu adoraria estar em casa, porque, sabe, é a temporada na Finlândia. Metade do ano neva e fica tudo cheio de gelo e não dá pra fazer bosta nenhuma. Eu adoro estar em turnê, sim, mas eu também gostaria de alguma vez passar uma temporada inteira na Finlândia para correr.

Com que frequência você pratica e o que seu treino envolve?
Hoje em dia realmente varia. Quando estou em casa – agora eu tenho um pequeno estúdio de gravação lá – eu vou lá pra fazer jams e tocar as coisas mais aleatórias de música pop ou qualquer coisa. Eu não chamo isso de praticar, mas de certa forma é. Nós costumávamos praticar pra c*ralho quando éramos mais novos. Tínhamos ensaio da banda cinco ou seis vezes por semana, mesmo que não tivéssemos nada marcado como uma turnê ou um álbum. Hoje em dia, por sorte, a banda está mais tranquila e não praticamos mais tanto. Eu só pego um copo de um bom whiskey e vou para meu home studio, e só toco um pouco. Não é realmente praticar, mas ao menos é tocar.

Eu sei que tocar piano e teclado é muito diferente para muitas pessoas. Com que frequência você volta ao piano?
Cara, essa é uma pergunta muito boa porque eu não toco. Eu não tenho um piano e não tenho tocado em um por anos e me odeio por isso. Eu sou muito exigente com pianos mas eu realmente deveria ter comprado um Steinway Grand ou um Yamaha Grand ao invés de um carro esportivo. Mas eu não comprei. Eu realmente preciso comprar um piano para voltar a tocar.

Se você pudesse ter qualquer habilidade não musical, qual seria? E não pode ser relacionado com corridas de carros.
Não musical? Merda. E não relacionado a corridas de carros? Você arruinou tudo. Eu sou bem talentoso, eu não preciso de nada.

Creio que essa seja uma boa resposta.
Na verdade eu queria saber nadar melhor. Ele (Henkka Seppälä) nada muito e isso o mantém em boa forma. Às vezes eu gostaria de ter talento pra fazer algo esportivo. Mas eu não tenho.

Qual a sua comida preferida em turnê?
Taco Bell. É tão ruim que é bom.

Qual sabor você geralmente escolhe?
Quesadilla.

O que você gosta de fazer nos seus dias de folga quando está em turnê?
Eu adoro dias de folga. O que eu faço é pegar um quarto de hotel e o que eu não faço é sair com os caras da banda. Eu gosto de sair sozinho.

Tem algo que você gostaria que um entrevistador tivesse lhe perguntado mas não perguntaram?
Oh shit, essa é uma pergunta muito boa. Provavelmente haveria. Até então vocês têm tido perguntas bem inteligentes.

Mais alguma coisa que você gostaria que os fãs soubessem?
Eu gostaria que nossos fãs soubessem que amamos o Canadá e adoramos voltar aqui. Como eu disse, É nosso segundo maior mercado depois da Finlândia e é demais. Adoramos os shows aqui, adoramos os fãs aqui e eu realmente espero continuar voltando.

Fonte:  Metal-Rules

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